quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Acidentes de Trabalho

“Ocorre 1 acidente de trabalho, em cada 5 segundos, na U.E (…)”

O que são acidentes de trabalho?

Os acidentes de trabalho, são acontecimentos imprevistos no decorrer do emprego de alguém, onde quem sai lesionado, quer física, quer mentalmente, é o empregado. Na verdade, há um leque de possibilidades de situações que cobrem estes acidentes, entre os quais, os principais:



  • Trajecto casa-emprego, emprego-casa, que não são contabilizados nas estatísticas.


  • No local de trabalho, ou seja:
    Execução de alguma tarefa mais árdua, ou até mesmo de uma mais simples, há de tudo um pouco;
    Intoxicação aguda;
    Actos voluntários de terceiros;
    Agressões no estabelecimento;
    Quedas;
    etc.

  • Fora do local de trabalho, se na hora de serviço e executando tarefas:
    Acidentes de viação;
    Agressões em locais públicos;
    etc.


  • Deste modo, são excluídos outros tipos de desastres, como ferimentos auto-inflingidos e na ocorrência do trajecto casa-trabalho-casa, o que nos parece bastante sensato.

    Quais os principais tipos de incapacidade implícitos nos acidentes de trabalho?

    A perda de uma capacidade física é um acontecimento extremamente frustrante, especialmente para um adulto em idade activa. Após o tratamento da lesão, o paciente tanto pode recuperar total ou parcialmente a capacidade, voltando a trabalhar, como continuar incapacitado para o resto da vida, não podendo voltar a exercer a profissão actual, o que traz algum transtorno psicológico. Assim, existem três níveis de gravidade dessas perdas de capacidade física.


  • Incapacidade temporária, ou seja, a perda temporária da capacidade por um curto espaço de tempo.




  • Incapacidade total e permanente, o que significa a invalidez incurável para o trabalho, por não estarem reunidas as condições necessárias ao trabalho.



Quais as causas dos acidentes de trabalho?

Algumas estatísticas apontam que os principais acidentes de trabalho são, muitas das vezes quedas e soterramentos, por não se seguirem as regras e equipamentos de segurança.




Assim, segundo a figura, podemos concluir que as situações que levam aos acidentes de trabalho mais frequentes são devidos à perda total ou parcial do controlo da máquina/ meio de transporte, a movimentos sujeitos a constrangimentos físicos (levam a lesões internas), movimentos não sujeitos a constrangimentos físicos (levam a lesões internas) e a escorregamentos ou hesitações com queda de pessoas. Por outro lado, também são frequentes, acidentes de trabalho devidos a transbordos, derrubamentos, fugas, escoamentos de certos materiais, emissão de vapores. Menos frequentes, por incrível que pareça, são os arrombamentos de agentes materiais, entre outros.



Normalmente, há certos locais de trabalho mais susceptíveis à ocorrência de acidentes de trabalho, muitas das vezes, por não terem as condições necessárias a um ambiente de trabalho seguro, o que não quer dizer que empresas seguras não tenham acidentes de trabalho. Deste modo, os locais mais propensos a acidentes de trabalho, que nos saltam mais à vista na figura acima mostrada, são a zona industrial, os estaleiros, construções, pedreiras e minas a céu aberto. Por outro lado, mas não tão frequentes, temos os escritórios, locais de actividade terciária e públicos.


Segundo a figura, relativamente à natureza da lesão, podemos deduzir que as feridas, lesões superficiais, concussões, lesões internas, lesões desconhecidas, deslocações, entorses e distensões são as lesões mais frequentes resultantes dos acidentes de trabalho.



Sendo assim, os grupos profissionais mais afectados acabam por ser os operários, artífices, trabalhadores não qualificados, operários de instalação e trabalhadores de montagem, visto que estão expostos a tarefas mais mecânicas e com maior risco de acidente.

Como prevenir os acidentes de trabalho?

Sendo os acidentes de trabalho verdadeiras catástrofes, quer para o empregado, que fica lesionado e pode não voltar a trabalhar, quer para o empregador, que fica sem fonte de rendimento, há que tornar, então o local de trabalho mais seguro.
Desta forma, para minimizar os acidentes de trabalho o melhor possível:



  • O local de trabalho deve ser mais confortável e organizado;

  • Devem ser seguidas religiosamente as regras de segurança, vestindo os equipamentos de segurança sinalizados:



  • Protecção na cabeça, o que requer a utilização de um capacete;



  • Protecção de olhos e rosto, o que requer a utilização de óculos e viseiras;

  • Protecção das vias respiratórias, o que requer a utilização de uma máscara;



  • Protecção dos ouvidos, o que requer a utilização de auriculares;



  • Protecção do tronco, o que requer a utilização de um fato específico;




  • Protecção dos pés e membros inferiores, o que requer a utilização de botas;



  • Protecção das mãos e membros superiores, o que requer a utilização e luvas;




  • Protecção contra quedas, o que requer a utilização de cabos para impedir a queda do trabalhador.



  • Assim, as empresas cujas tarefas envolvem algum risco, têm de se comprometer a fornecer esses equipamentos de segurança aos trabalhadores, de modo a minimizar a taxa de acidentes de trabalho nesse local


  • Juntamente com a sinalização de utilização de equipamentos de segurança, também há a sinalização de perigo e de proibição, que devem ser igualmente respeitados:

  1. Perigo de incêndio;
  2. Perigo de substâncias corrosivas;
  3. Perigo de electrocussão;


  4. Perigo de tropeçamentos;
  5. Perigos diversos;



  6. Proibido apagar com água;



  7. Proibido foguear;
  8. Proibido fumar;



  9. Água não potável;

  10. Proibido tocar.


  11. Proibido a passagem a peões;

  • Certamente, quanto mais informadas as empresas estiverem acerca dos acidentes de trabalho, melhor poderão intervir, pelo que é importante a organização de palestras de sensibilização e de apresentação de medidas preventivas.

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